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TRATAMENTO DA LESÃO TRAUMÁTICA DO NERVO PERIFÉRICO
O que é e
como ocorre a lesão traumática
do nervo periférico?
As lesões traumáticas de nervos periféricos são motivo de grande incapacidade funcional, caso não sejam adequadamente tratadas. Os traumatismos, principalmente os de membros, podem comprometer a função de nervos importantes como o mediano, ulnar e o radial no membro superior e o ciático, fibular e tibial no membro inferior.
CAUSAS
Os principais mecanismos de lesão de nervo periférico são: lesão por laceração; lesão por tração; lesão por projétil de arma de fogo; lesão por compressão, esmagamento ou contusão; lesões elétricas ou por queimadura e lesão por injeção.
SINTOMAS
A dificuldade de movimentar determinada parte do membro e a perda de sensibilidade são os sintomas mais importantes. Com o tempo o quadro pode ser acompanhado por atrofia dos músculos. A dor (chamada dor neuropática) geralmente está presente e pode se manifestar como choque ou queimação. Outros sintomas como dormência e/ou formigamento também podem estar presentes. Em alguns casos podem ocorrer sintomas relacionados ao comprometimento de fibras autonômicas levando à alteração parcial ou completa de sudorese, cor e inchaço do membro afetado.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é realizado pelo médico durante a avaliação na consulta através da história e do exame físico. Outros exames (geralmente eletroneuromiografia, ultrassonografia, ressonância magnética) podem ser necessários para avaliar a gravidade da lesão e a anatomia da região. Alguns desse exames são úteis para a indicação e para o planejamento da cirurgia.
Como é feito
o tratamento da lesão traumática
de nervos periféricos?
Para definir se há ou não necessidade de cirurgia é importante saber se a lesão é aberta (quando há um corte na pele, por exemplo) ou fechada.
MOMENTO OPERATÓRIO
As lesões abertas com lesão de nervo devem ser exploradas o mais breve possível. De forma geral nas lesões fechadas, dependendo dos resultados dos exames, aguarda-se um período em torno de 3 meses para avaliar se há recuperação espontânea. Caso essa recuperação não ocorra ou ocorra de forma discreta, a lesão deve ser explorada.
TRATAMENTO CLÍNICO
A reabilitação é fundamental, independente se o paciente será ou não operado.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Reparo direto entre dois cotos de nervo seccionado
Na cirurgia o médico vai avaliar se há lesão completa (secção) do nervo ou não. Caso haja lesão completa é necessário reconstruir o nervo, seja através de coaptação direta (com aproximação e sutura das extremidades do nervo cortado) ou com a utilização de enxertos de nervos. Esse último procedimento é realizado quando a distância entre as extremidades do nervo impede que se faça uma aproximação sem tensão. Nesse caso é retirado um nervo do próprio paciente (geralmente um nervo da perna chamado sural) para conectar as duas extremidades do nervo.
Reparo com enxertos entre dois cotos de nervo seccionado